Cobogós: brasilidade que atravessa a superfície

Mas alguns detalhes podem expressar a personalidade de uma cultura. E não há elemento arquitetônico mais brasileiro do que o cobogó. Presente em casas construídas há décadas, usado para diferentes usos, tanto funcionais como estéticos, o cobogó é símbolo da brasilidade conquistado pelos anos e que agrada a diversos estilos.

Criado em 1929 no Recife, Pernambuco, por dois comerciantes e um engenheiro, o cobogó foi inspirado nos muxarabis, elementos vazados árabes feitos de madeira, que permitem a entrada da luz natural com delicadeza nos ambientes. A poética das formas criadas pelo cobogó também perpassa pelo seu nome, com sonoridade bem brasileira, mas curiosamente, cobogó é a junção das iniciais dos sobrenomes de seus criadores: Coimbra, Boeckmann e Góes. Caindo no gosto dos modernistas, o cobogó foi amplamente difundido nas décadas de 1960 e 1970, passando por projetos de grandes nomes da nossa arquitetura.

E hoje, como inserir o cobogó nos projetos contemporâneos? É possível incluir a estrutura em diversos espaços como divisórias fixas, em muros, como elemento decorativo, painéis para TV ou então como biombo separando o hall de entrada do living, por exemplo. Sua multifuncionalidade permite que seja usado não apenas para filtrar a luminosidade, mas também para gerar uma sutil privacidade em ambientes integrados. É uma solução arquitetônica e decorativa que oferece muita personalidade, servindo como estrutura visual ou até como um toque de personalidade e exclusividade.

Felizmente, com as tecnologias inovadoras e a evolução da indústria, o cobogó nunca saiu de moda, ganhando novos formatos e sendo produzido com diversos materiais. A Decortiles oferece esse elemento em vários modelos e padrões, o que permite seu uso em diferentes aplicações, explorando sua volumetria e tons puros, enaltecendo este item tão brasileiro na arquitetura.

Em projetos com estilo industrial, o acabamento concreto ou cimento é perfeito para criar divisórias ou até mesmo painéis vazados. Junto com o cimento aparente, o cobogó se incorpora quase em uma mimetização dos materiais. É o caso do modelo Finestra, criado pela artista Calu Fontes.

Já os de tons claros oferecem minimalismo, ao mesmo tempo que oferecem uma textura tridimensional onde forem aplicados. Os cobogós Onda e Lua na cor branca ficam perfeitos como divisórias entre a cozinha e a sala de jantar, ou até mesmo em áreas sociais que necessitam de uma certa delimitação espacial, mas sem pesar visualmente no conjunto. Ao mesmo tempo sutis, esses modelos são protagonistas em uma decoração moderna e com identidade.