Identidade brutalista: a arquitetura contemporânea das pedras
A força das pedras traduzida em revestimentos que revelam a estética brutalista em sua forma contemporânea.

A força da natureza como base para uma arquitetura cada vez mais voltada à origem das coisas; o olhar ao primitivo e à valorização do orgânico traduzem um décor arrojado e encantador, a partir de elementos essencialmente naturais, puros e escandalosamente simples.
Vem das pedras a influência para criação de revestimentos ousados por essência e imponentes por natureza. Originado no campo da arquitetura na década de 1950, o brutalismo faz coro para esse estilo de design com características marcantes, formuladas a partir de materiais brutos.
Do francês “brut”- que se traduz como “cru”- o brutalismo é um movimento massivo que tem na honestidade dos materiais o seu ponto de partida. A proposta é a conexão com o universo, através de seus elementos primordiais como a pedra – a sólida, forte, bruta e misteriosa pedra.

Emprestar ao ambiente um décor voltado ao brutalismo é oferecer ao espaço uma conexão entre o surgimento do universo, a persistência em existir e a imponência da natureza, em detrimento à vulnerabilidade humana – afinal, o que seria o homem senão refém dos elementos que o circundam? A estética robusta e por vezes polarizadora das pedras diferencia o ambiente e dá vida a espaços que clamam pela voz do orgânico, do elementar, do ancestral e austero.
A imponência da identidade brutalista vem ao encontro de lugares em que a singularidade e uma discreta excentricidade são bem-vindas.
VERSATILIDADE ESTÉTICA: AS PEDRAS COMO PROTAGONISTAS
Há uma funcionalidade brutal na estética das pedras. Elas emprestam mais do que versatilidade decorativa: são funcionais e emblemáticas, alinhando-se bem ao propósito do décor em questão. Das granilhas às peças mais robustas e importantes, constituem protagonismo no espaço que compõem.
Em perfeita conexão ao industrial, à maquinaria e à praticidade das coisas, as pedras são uma bela antítese em ambientes cujo verde se faz necessário. Texturas que clamam pelo natural, como a madeira, também fazem coro à estética brutalista, comprovando que há beleza pungente em duetos assim lindamente controversos: a força e a delicadeza; o industrial e a organicidade.
Algumas criações mostram que há versatilidade de sobra no brutalismo arquitetônico, em revestimentos incríveis por sua natureza, criatividade e proposta decorativa. Tecton, por exemplo,vem em um perfil minimalista e sensível. Aqui, há força nos detalhes, com clamor à tranquilidade e paz extrema, a partir de um conceito sereno, bucólico e em perfeita sinergia com a terra. Tecton celebra o que há de mais rico entre o homem e o universo: das pequenas às grandes conexões.

Ária também constitui uma verdadeira ode ao orgânico, porém com um dinamismo encantador entre o que já foi e o que está por vir. Aqui, o clássico e o contemporâneo fundem-se, com foco em um delicioso quê de mistério, com sombra e luz; figura e fundo; em tons neutros e sofisticados. Em Ária, o futuro é celebrado, num duo estratégico entre o passado e os próximos capítulos.
Texturas delicadas e impactantes também têm em Titan um poderoso aliado ao décor. Forte e visceral, a série chama a atenção por uma beleza assustadoramente fluida e clássica, enaltecendo o minimalismo e a elegância firmemente. O despertar para o sensorial faz festa em Titan, com uma coleção que celebra fortemente o mimetismo e o primordial da matéria.
Serenidade também sentida em Tulum: série inspirada em movimentos orgânicos de paraísos naturais. Aqui, o design das pedras caribenhas são o pano de fundo para peças incrivelmente contemporâneas e exclusivas, em tons inéditos que evocam simplicidade, vigor perene e quietude ímpar. Tulum aposta no estado unanimemente mais disputado: o repouso extremo, a pausa necessária, a paz sem fim.
