É entrar no ateliê de Calu Fontes, em São Paulo, e rapidamente somos hipnotizados. Assim como a ceramista fez história e se tornou um dos principais nomes no Brasil em revestimentos com status de obra de arte, os olhos do mercado vêm sendo despertados para esse potencial. 

O ISaloni 2023, principal Feira de Milão, revelou que os revestimentos podem se tornar o centro das atenções, principalmente quando acendem o mobiliário mais neutro. Em tamanhos pequenos, estampas, texturas e outros efeitos, eles tiveram grande destaque na última edição do salão. 

Na Cersaie, evento mundial mais importante quando se trata de revestimentos, os pequenos formatos e as cores mais vibrantes protagonizaram as exibições das marcas. As opções mate se destacaram,  assim como o estilo vintage. Paginações diferentes, cores e estampas entremeadas…designers e arquitetos de cabeça aberta têm um mundo de opções a serem trabalhadas para sair do comum. 

Não se limite a paredes revestidas

Peças coloridas ou estampadas não só revestem paredes, mas também compõem quadros, mobiliários e esculturas. No caso de Calu, os painéis seduzem e trazem poesia aos cenários. Suas criações adquirem protagonismo diante de decorações mais limpas visualmente. Desenhos marcados por grafismos e o dourado em base escura movimentaram suas peças neste ano, no clima de revestimento-arte. 

“Não vejo muitos limites entre o que arte e o que é revestimento. Tudo se mistura. Chegamos a uma liberdade criativa tão grande quando pensamos em texturas, cores, formatos e desenhos para paredes e pisos que os universos se mesclam”, observa Calu Fontes. 

E se alguém ainda se prende a tendências, pode ficar sossegado: os próximos tempos prometem reforçar ainda mais o amálgama entre arquitetura e arte. “Ambos os temas inovam em formas e ideias. Na mesma engrenagem, os revestimentos artísticos nascem e renascem sob novos olhares e aplicações”, aponta a ceramista Calu, apaixonada por criar coleções para a Decortiles.